quarta-feira, 6 de novembro de 2013

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Espelho da ansiedade

O espelho da ansiedade
Refratário da pele, do longe
Do querer o eterno
Sabendo que não cabe
Entre o abrir das pétalas
E o fechar dos olhos

Espalhado no prisma
Decompõe-se nos sonhos
Turva de desejo a íris
E dilata no vazio a Permanência

Acompanha no gesto
A mímica de estar vivo
Quer no outro a expressão de si
Ama sem ensaio
Desenha nos espaços
Meninos e constelações

O espelho da ansiedade
A casa das imagens entre si (férteis)
O pulso a correr o vidro

Veredas simétricas
Em desalinho.

RF
04/11/2013
9h53 AM