Armas brancas, paixões brandas
Cor e gesto são controversos.
Rubra ira, guerra fria
Pairam sobre nós, ressentidas
Coisas cruas, incolores,
Que ela abraça, caça, habita
E costura em nós um dano ou valor
Carne é viva nas feridas a pulsar sobre as batidas
Veias, vias crescem fortes sobre as ruas sem saída
Nós em ilhas, isolados,
Desatados por sentidos
Submersos, ostensivos
Que ancoram as armas nesses mesmos velhos nós
Diplomatas tem por fardas línguas bélicas, mas exatas.
No costume infiltrada,
Real arma branca:
A palavra.
RF
2006
Nenhum comentário:
Postar um comentário